O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, informou no início da noite deste domingo (4) que mais 28 estudantes foram eliminados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) por divulgar imagens da prova e do cartão de respostas na internet. No sábado (3), primeiro dia de provas, as provas de 37 pessoas já haviam sido canceladas.

De acordo com o edital do Enem, é proibido portar, durante a prova, dispositivos eletrônicos como máquinas, calculadoras, agendas eletrônicas, telefones celulares, smartphones, tablets, i-pods, pen-drives, mp-3, gravadores, relógios, alarmes ou qualquer espécie de receptor ou transmissor de dados e mensagens. 

Ao todo, 4,175 milhões de estudantes fizeram o Enem neste final de semana. O índice de abstenção foi de 27,9%. No ano passado, 3,8 milhão de pessoas haviam realizado as provas e abstenção havia sido de 27,6%. 

Neste domingo, a prova foi até as 18h30. Os estudantes tiveram de escrever um redação com o tema "O Movimento Imigratório para o Brasil no Século 21" e responder questões de português, códigos e matemática.

Mercadante relatou casos curiosos ocorridos durante as provas, como em Mato Grosso, onde a polícia quis entrar no local de prova para cumprir mandado de prisão contra um estudante. "Não deixamos entrar", disse o ministro. Os policiais tiveram de aguardar do lado de fora.

No Mato Grosso do Sul, a estudante Pamela Oliveira, de 17 anos, deu à luz um menino no momento da prova. O ministro telefonou para ela e disse que ela poderá fazer nova prova, em dezembro, na mesma data em que o Enem será aplicado em presídios e em unidades socioeducativas. Criança e mãe passam bem e o menino se chama Everton.

Bárbara Francini Peixoto nº 03